Começando pelo PCP: sinto uma enorme desilusão. O PCP insiste em não mudar de cassete, insiste em não ser um partido progressista. E consequentemente apresenta uma candidatura anedótica, ridícula, desajustada aos tempos em que vivemos, desaproveitando por completo o que foi lançado depois das eleições legislativas.
Jerónimo tem que ir, o mais depressa possível, embora. O PCP precisa de sangue novo, de novas dinâmicas, de alguém carismático que saiba captar e motivar os indecisos.
Sobre o PS: o Partido Socialista tem que arrumar a casa. É inconcebível que continue a existir uma facção que queira combater a liderança do partido e com isso enfraquecer o Governo. O PS tinha que apoiar um candidato, não a Maria, não o Nóvoa, mas outro qualquer, um notório do PS.
A Maria de Belém teve o que mereceu, uma ridicularização total, mas que apesar do sua independência não deixa de prejudicar o PS.
Quanto ao Bloco: apesar de não ser uma candidatura forte, era uma candidatura sólida, que provou isso mesmo ao longo da campanha e com os resultados finais. O que mais receava era que o Bloco perdesse a sua posição, mas tal não aconteceu. Perdeu votos claro, mas conseguiu mesmo assim solidificar a sua posição, fazendo o PCP tremer dos pés à cabeça e dar um sinal claro à sociedade que veio para ficar.
E o Tino? Ganda Tino! A prova de que o povo está farto de gajos que falam para inglês ver, consegue um resultado monumental no distrito do Porto. Tino atirou-se e não morreu, nem se matou, Tno continua forte e recomenda-se!